quinta-feira, fevereiro 15, 2007

A Desonestidade de Olavo



Rodrigo Constantino

“The argument from intimidation is a confession of intellectual impotence.” (Ayn Rand)

O filósofo Olavo de Carvalho, conhecido pelo excesso de agressões pessoais nos “debates” em que participa, disse que não existe debate entre o conhecimento e a ignorância, ou seja, entre ele e eu, segundo o próprio. Não obstante a extrema arrogância, escreveu um enorme artigo em seu site, onde muito ataca e pouco argumenta, e agora divulgou um outro artigo no JB Online, chamado “Barbárie Mental”, onde a desonestidade fica evidente. Para quem disse que sou insignificante, até que Olavo tem dado bastante atenção à minha pessoa. Mas vamos aos pontos!

Olavo começa seu artigo da seguinte maneira: “Outro dia, em discussão na internet, um rapaz que de vez em quando escreve artigos políticos assegurou que todos os santos e profetas da cristandade só queriam poder e dinheiro, que Jesus nasceu de um adultério e que os judeus são um povo de ladrões”. Vejamos os trechos do meu artigo, já que Olavo está se referindo a mim, para julgar se o filósofo está sendo honesto.

O parágrafo que Olavo usa para afirmar que eu assegurei que todos os santos e profetas da cristandade só queriam poder e dinheiro é este:

“As críticas embasadas de Voltaire foram focadas no Judaísmo e no Cristianismo, mas ele fala de forma geral, quando diz que “a desconfiança aumenta quando se percebe que o objetivo de todos aqueles que estão à frente das seitas é dominar e enriquecer quanto puderem, e que, desde os dairis do Japão até os bispos de Roma, a única preocupação foi erguer para um pontífice um trono fundado na miséria dos povos e muitas vezes cimentado com seu sangue”.”

Podemos notar três pontos relevantes aqui: em primeiro lugar, estou usando as próprias palavras de Voltaire, por isso entre aspas, e portanto é Voltaire quem disse o que está escrito; em segundo lugar, Voltaire – e não eu – está falando de todas as seitas, e não apenas da cristandade; por fim, Voltaire está se referindo apenas aos que estão à frente das seitas. Eu, particularmente, considero a generalização de Voltaire injusta, mas não totalmente errada. Sem dúvida existiram exceções honrosas, mas de forma geral acho que pode-se dizer que os que fundaram seitas tinham como objetivo o poder ou o enriquecimento. O poder é sedutor, e nada como o poder sobre uma legião de seguidores autômatos, típico de seitas, como acho que Olavo deve saber muito bem. Os admiradores corrompem, e os fiéis seguidores, nunca dispostos a criticar ou questionar o “mestre iluminado”, corrompem ainda mais. Tornam o líder ainda mais arrogante e fechado à críticas.

Sobre eu ter assegurado que Jesus nasceu de um adultério, creio que Olavo só pode ter pescado do seguinte parágrafo:

“Voltaire começa questionando a origem de Jesus, que nasceu numa época em que o fanatismo estava em alta. Vários que acreditaram nele escreveram Evangelhos, que quer dizer “boa nova” em grego. Cada um escrevia uma Vida de Jesus, todas discordando, mas parecidas na enorme quantidade de prodígios incríveis atribuídos ao fundador da nova seita. Num desses livros, diz-se que Jesus era filho de uma mulher chamada Mirja, casada em Belém com um pobre homem chamado Jocanam. Havia na vizinhança um soldado de nome José Panther, que teria se apaixonado por Mirja, que teria engravidado dele. Existe mais que isso na história, mas Voltaire conclui: “É mais provável que José Panther tenha feito um filho a Mirja do que um anjo tenha vindo pelos ares cumprimentar da parte de Deus a mulher de um carpinteiro”. De fato. E como não custa lembrar, Deus tinha irmãos homens, se Jesus era Deus.”

Ou seja, Voltaire está usando um livro escrito por judeus para questionar se Jesus poderia ser filho de um soldado. Questionar virou assegurar, para o “grande” filósofo brasileiro. Um pequeno detalhe da língua portuguesa. Na verdade, só é pecado questionar se Jesus nasceu mesmo do ventre de uma virgem para quem for fanático, já que parece mais crível considerar que tal fato não é possível. E se os relatos bíblicos forem para ser levados ao pé da letra, então devemos acreditar, com a mesma intensidade, que um burro falou, que o sol parou, que o mundo foi criado em seis dias e que Adão e Eva de fato existiram. Não vejo mal algum em perguntar se Jesus nasceu mesmo de uma virgem, mas que fique constatada a desonestidade de Olavo, que mentiu descaradamente.

Por último, Olavo diz que eu assegurei que os judeus são um povo de ladrões. Eis a origem disso:

“Mas centrando a mira no Cristianismo e no Judaísmo, Voltaire começa questionando se existiu mesmo um Moisés. O que se fala de sua vida seria tão fantástico como o encantador Merlin. Voltaire busca também a origem muito suspeita das histórias de Moisés, como ser salvo das águas num cesto, que poderiam ser cópias de contos muito semelhantes na Arábia. O resto todo de sua história seria igualmente absurda e bárbara, com dados fantásticos e impossíveis, exageros grosseiros etc. “Que lamentável fazer Deus descer em meio a raios e trovões, sobre uma pequena montanha calva, para ensinar que não se deve ser ladrão!”. Os judeus, de forma geral, não são poupados: “Como eles mesmos reconhecem, são um povo de ladrões que carregam para um deserto tudo o que roubaram dos egípcios”.”

Como podemos ver, Voltaire está questionando se é factível o que falam sobre a vida de Moisés, insinuando que histórias fantásticas como as dele existiam já na Arábia e podem ter influenciado os judeus. O que Voltaire quer dizer aqui parece ser, na minha opinião, que se os judeus realmente enaltecem essas histórias fantásticas, estão reconhecendo ser um povo de ladrões, pois isso que teria ocorrido. Da mesma forma que rabinos que idolatram a figura de Davi estão idolatrando um assassino, como os próprios relatos afirmam. Não há uma acusação minha que diga que todos os judeus são ladrões, até porque seria absurdo para quem me conhece imaginar isso, posto que tenho artigos defendendo Israel e os judeus na questão da Palestina.

Em seguida, Olavo mente um pouco mais, quando diz: “Por incrível que pareça, alguns estudantes correram em socorro do insolente, consolando-o dos maus-tratos sofridos da parte de seu desbocado opositor, tão carente de ‘argumentos’”. Seria o caso de perguntar se Olavo pediu a certidão de nascimento de todos – e foram muitos – que condenaram sua atitude no episódio. Pois vários que foram em minha defesa não são estudantes, mas pais de família formados, adultos com muito mais sabedoria que o filósofo, que parece confundir erudição com sabedoria. Aliás, a única verdade nisso é sua carência de argumentos, que seu tom irônico tenta inverter. A tentativa de Olavo é clara e lamentável: ele pretende desqualificar todos que discordaram dele no assunto como adolescentes tolos. Seria útil recomendá-lo a observar como os seus defensores estão reagindo em sua comunidade do Orkut, já que a infantilidade lá é diretamente proporcional ao fanatismo. Estudantes parecem os seguidores de Olavo, incapazes de condenar o “guru” pelos mesmos critérios que condenam os demais. Alguns deles têm a cara-de-pau de me chamar de arrogante. Falta espelho nas seitas. São sempre dois pesos e duas medidas.

Para concluir, Olavo vem com esta verdadeira pérola: “O episódio, irrelevante em si, é bastante significativo do presente estado de barbárie intelectual. Falar em ‘crise cultural’, nessas circunstâncias, é eufemismo. Na época em que um sociopata adolescente pode fazer em pedaços o corpo de um menino e ainda ser defendido como vítima do capitalismo, o discernimento elementar do certo e do errado já se tornou uma operação complexa demais para os cérebros dos brasileiros. Nas pequenas como nas grandes questões, vigora a mesma estupidez grandiloqüente, a mesma brutalidade mental ornada de belos pretextos”.

Olavo tenta forçar uma associação bizarra entre meu estado intelectual e a reação comum da esquerda ao horror do recente caso do menino morto num assalto, onde muitos culpam o capitalismo pela barbárie. Será que Olavo esqueceu, de repente, que sou um grande defensor do capitalismo, e vários artigos meus foram inclusive publicados no seu próprio site? Será que Olavo desconhece que sou um grande defensor da responsabilidade individual, que jamais culpo a “sociedade” pelos atos criminosos de indivíduos, e que defendo maior punição para esses assassinos? Será que a culpa do estado de barbárie em que o país se encontra está em alguém questionar se Jesus nasceu mesmo de uma virgem, lembrando que somos um povo predominantemente cristão, e não ateu? A tentativa de Olavo de forjar uma ligação entre meu jeito de ver o mundo e a crise cultural do nosso país não é apenas absurda, mas fruto de pura má-fé.

Olavo diz que não há debate entre o conhecimento e a ignorância, ainda que dedique longos textos ao “ignorante” em questão. Pois eu afirmo: não há debate possível entre a honestidade intelectual e a perfídia. Escrevo um longo texto não para debater com Olavo, pois isso parece impossível, mas sim para expor o que está por trás de sua postura arrogante e desequilibrada: a desonestidade intelectual. Não dá para esperar muito de quem afirma que Sir Newton espalhou o vírus da burrice pelo Ocidente.

68 comentários:

Anônimo disse...

Olavo de Carvalho realmente provou com esse texto que entre os inúteis intelectuais brasileiros ele merece uma posiçao de destaque.

O Direitista disse...

"Não obstante a extrema arrogância, escreveu um enorme artigo em seu site, onde muito ataca e pouco argumenta".

Rodrigo, vc é que está sendo desonesto. O artigo do Olavo argumenta contra o seu texto parágrafo por parágrafo e, em vez de escrever uma tréplica a este artigo, vc covardemente fugiu e resolveu comentar outro artigo do Olavo, em que ele nem meciona o seu nome e só se referiu à discussão de vocês de passagem, já que ela não era o foco do texto.

Afinal, se ele muito ataca e pouco argumenta, porque vc não demonstra isso comentando parágrafo a parágrafo o "Rodericus Constaninus Grammaticus"? Ah, já sei, é porque vc sabe que o que está escrito ali é verdade. Vc é patético.

Rodrigo Constantino disse...

Direitista,

Eu respondi as partes que julguei adequadas. Havia ali muito apelo à autoridade, muito desvio do foco, muitas falácias, mas poucos argumentos. Se vc acha mesmo que Olavo ali refutou minha afirmação de que a ciência está mais aberta à críticas que a religião, então não posso fazer nada por vc.

Sobre eu ser patético, ad hominem que nada me diz. Mas faz pensar sobre o que o tema religião faz com as pessoas. Vc era um dos que visitava esse blog para elogiar. E agora sou patético pois quiestionei sua fé e fui atacado pelo seu guru? Isso não é razoável...

Rodrigo

O Direitista disse...

Vc não é patético por questionar a minha fé. Eu mesmo questionei minha fé muitas vezes. Pode questionar à vontade. Mas vc exigiu do Olavo uma resposta com mais argumentos e menos xingamentos (que de fato foram feitos no Orkut), e foi exatamente o que ele fez no artigo do site dele. Por que ele precisa responder argumentando e vc só precisa dizer que ele "muito ataca e pouco argumenta"? Vc está atribuindo obrigações diferentes para os dois debatedores. O fato de vc fazer isso achando que é a prova da sua honestidade é que o torna patético.

PS: nada disso muda o fato de vc ter escrito muitos textos bons sobre política e economia, os quais foram citados no meu blog. O mais recente deles foi sobre o filme do Will Smith. Mas escrever bons textos não lhe dá o direito de imputar desonestidade a quem tem sido mais honesto que vc.

Anônimo disse...

Constantino, parabéns. Conseguiste ficar famoso depois de provocar o Olavão. Embarcou na fama dele. Parabéns. Bela estratégia de marketing.

Anônimo disse...

Aposto como 2+2 = 4 , que um dos principais motivos pelo qual o Olavo está tão destemperado foi o erro dele, apontado por você, Constantino.

"entre eu e você"...

Rodrigo Constantino disse...

"Mas talvez o ateísmo não seja o traço mais autêntico dessa etapa do movimento revolucionário. Tanto Marx quanto Bakunin tomaram parte, reconhecidamente, em rituais satânicos (leiam Richard Wurmbrand, Marx and Satan, Living Sacrifice Book Company, 1986, jamais contestado). E pelo menos na Itália a apologia de Satanás tornou-se explícita com o poeta Giosue Carducci, um dos maiores inspiradores do movimento revolucionário local:
Salute, o Satana
O ribellione
O forza vindice
De la ragione! " (Olavo de Carvalho)

Pois é. O próprio Olavo diz que Marx tinha queda pelo satanismo, mais que pelo ateísmo, mas os seguidores de Olavo insistem, por desespero, em associar toda a barbárie comunista ao ateísmo, como se todo ateu fosse marxista, ignorando inúmeros ateus liberais.

Dureza...

Anônimo disse...

Não concordo com essa história de que TODOS os ateus são responsáveis pelas milhões de mortes do comunismo. Da mesma forma como nem todos os padres, bispos ou cardeais concordavam com a Inquisição (e/ou seus métodos). Mas não há como negar que muitos religiosos apoiavam a Inquisição e que muitos ateus foram, sim, responsáveis por algumas das milhões de mortes do comunismo.

Anônimo disse...

Quanto gente já morreu por causa da religião e quantos ainda vão morrer? A religião foi a grande responsável por um atraso de 1500 anos na evoluçao do ser humano. Antigamente tudo era: "Porque Deus quiz!" O cara pegou um resfriado e morreu. "Porque Deus quiz!!!!"

Uma coisa é ser humilde para considerar um plano superior, seja ele qual seja, e alimentar a esperançá com fé.

Outra coisa é se apegar muito a religião que foi feita pelo homem e para o homem.

A bíblia não foi escrita pelo Deus senhor do Universo e de todas as coisas. Não meus senhores. Foi escrita por gente de carne e osso.

Isso não quer dizer que ela não contenha mensagens maravilhosas!

Abre o olho minha gente!

http://www.bible.ca/tongues-popoff-39-17Mhz.htm

Mais importante do que confiar em Deus é Deus poder confiar na gente. Pratique o bem, a humildade e a solidariedade. Não discrimine ninguém pela cor, raça ou religião.

Faça apenas essas coisas ai em cima que é muito mais importante que cultuar uma religião qualquer.

QUANTO HIPOCRISIA!

Anônimo disse...

"Podemos notar três pontos relevantes aqui: em primeiro lugar, estou usando as próprias palavras de Voltaire, por isso entre aspas, e portanto é Voltaire quem disse o que está escrito; em segundo lugar, Voltaire – e não eu – está falando de... "

Apelando à autoridade Rodrigo? Hehehehe..., não sabe interpretar o que escreve?

Anônimo disse...

Ideologia, desonestidade e burrice.

A desonestidade de ideológicos não é exceção, é regra.
OC, bem como suas olavetes, são prova material disso, juntamente com a malta socialista e marxista que dela se utilizam com desenvoltura. Aliás, estes “ex-marxistas” profissionais, tão acostumados a mentir e deturpar em nome de sua velha ideologia, não poderiam mesmo tombar-se ao pejo, e então mentem e deturpam em nome da nova ideologia abraçada.
E para não desmentir o que digo, a burrice destes tipos se manifesta até mesmo no neoguru ideológico. (milha velha questão na rede liberal: inteligência caminha com a honestidade, RC deve lembrar)
Vejamos o que escreve Olavo:

“A idéia da liberdade, no sentido moderno de livre escolha individual, só surgiu no mundo como um dogma da Igreja”.

- Ora, liberdade é ausência de coerção e opressão, e disso resulta a livre escolha que se opõe a escravidão ou servidão. Está ótimo assim. Mas dizer que a liberdade só surgiu no mundo como dogma da Igreja, ou dogma cristão, é uma descarada mentira. Pois consta que os estóicos já conheciam a idéia de liberdade. Olavo sabe disso, e tanto sabe que já dá uma mitigada em sua alegação absurda, para corrigi-la ante os não tão incautos quanto suas olavetes.
Referindo-se então ao “dogma cristão” escreve:

“Mesmo supondo-se que o dogma cristão fosse inimigo da liberdade humana, continuaria sendo um exagero pueril rotulá-lo “o maior” deles.”

Ora ora, que idiotice, se a idéia de liberdade surgiu com o “dogma cristão”, a hipótese de que ele possa ter sido inimigo da liberdade não pode ser dimensionada senão pela formulação de uma segunda hipótese, a de que ele teve uma dimensão “X”. Pombas?!? aquilo que não aconteceu não pode ser dimensionado. ...Que estupidez! ...que bosta de filósofo! ...ou farosofo?

Explico:
Se João afirma ter construído uma casa e em contrário afirmam que João derrubou uma casa. Então, ciente que sua alegação é inverossímil, e que haverão testemunhas a desmenti-lo, João tenta ao menos parecer um malfeitor menor que outros, a fim de conquistar alguma simpatia. Então, estupidamente, afirma que se por hipótese ele derrubou uma casa, então derrubou menos do que outros derrubaram.
Ora, João é um idiota. Pois que se está consciente que não derrubou nada, não tem como cogitar a hipótese de ter derrubado menos do que outros. Afinal, se o fato não existiu – a derrubada da casa – NÃO HÁ COMO ELE DIMENSIONAR O QUANTO DA CASA ELE DERRUBOU. Essa hipótese (dimensão menor) só é possível de cogitar se houver o fato (a derrubada). Afinal, não podemos dar a dimensão de algo que não existe, ou que não existiu. A menos que João esteja perfeitamente consciente de que está MENTINDO, já se defendendo antecipadamente, diga-se burramente, ante a possibilidade de ser desmascarado pela comprovação de sua mentira.

Ou seja, João é um idiota, que na ânsia de enganar o “juri” alega uma mentira, e ao mesmo tempo se previne, para o caso de não conseguir seu intento inicial, através de uma hipótese só viável caso venham a comprovar sua mentira.
Porra! qualquer “juiz” ou “juri” que tenha mais de um neurônio perceberá de pronto a mentira inicial de João.

Uma analogia mais clara para melhor facilitar o entendimento da questão, mas que poderia dar condição de malandragens retóricas de imbecis tentando desqualificar a analogia por falta de similaridade, a fim de desviar o foco para um questionamento da analogia e não do caso, seria o seguinte:

- João afirma que não matou ninguém, mas caso tenha mesmo matado (caso se demonstre isso), de antemão, alega ter sido em legitima defesa. Ora porras, se nem mesmo há um morto, se não matou, como pode alegar que na hipótese de ter matado, terá sido em legitima defesa????? ...Isso é de uma imbecilidade atroz!
...Porra! Ele está então trabalhando com duas hipóteses, a de ter matado e a de que tal tenha sido em legitima defesa. MAS ESSA SEGUNDA NÃO TEM CABIMENTO, a menos que saiba que está MENTINDO, ou sequer teria como formula-la.

Ou seja, OC é um embusteiro, e de pouca inteligência. ...se previne antecipadamente da desmoralização de sua mentira inicial. ...um jegue!
Na resposta de OC ao Rodrigo, há muitas mentiras e meias verdades que podem ser, até simplesmente pela lógica, esclarecidas. ...mas dará um trabalho danado escrever explicando tantas bobagens. E ele sabe que isso desanima “qualquer cristão”.
...Como na frase atribuída a um outro cristão: “mintam, mintam, pois sempre fica alguma coisa”. E é disso que se valem os embusteiros ideológicos. Pois o próprio OC já disse, dá muito mais trabalho provar uma mentira do que simplesmente pronuncia-la.

Ademais, a escravidão dos negros já reduz a traque sua empulhação.
Abraços
C. Mouro
.
Sobre a Inquisição: Quando um embusteiro que já afirmou**, algo assim assemelhado: “a inquisição veio estabelecer os julgamentos, pois antes eles não existiam, condenando-se sumariamente”, está de fato tentando criar idéias tortas nos incautos, como que se antes sempre tudo tenha sido arbitrário, a barbárie. É uma meia verdade. Pois muito antes existiam julgamentos que, sobretudo, consideravam a lógica e até desgraçadamente a oratória nos julgamentos; além dos fatos, é claro. Ou seja, julgamentos racionais. Após isso vieram “julgamentos” com base em superstições, mergulhos e barras incandescentes, segundo consta. Mas, independente disso, que não vem ao caso, o fato é que antes as sentenças sumárias não eram dadas por ateus, mas sim pelos próprios cristãos que sucederam o império romano. Ademais, a inquisição foi criada para punir exclusivamente os “crimes contra a fé”. Possivelmente para formalizar o terror, de modo a que autoridades temessem pela condescendência. A inquisição não foi criada apenas para punir desvios internos, e sim para “crimes contra a fé”, e muitos foram torturado e queimados (essa de “chamar para perguntar” ...nem merece muita atenção, de tão ridícula).

Os judeus foram perseguidos pelos cristãos, isso é um fato. Ademais, estes não podem crer que JC fosse o filho de deus e nem mesmo podem admitir que tivesse sido por este inspirado. Fosse assim, e os judeus se converteriam ao cristianismo. Ou seja, para os judeus, necessariamente, JC é uma lenda ou apenas um embusteiro que se arvorou filho direto do “senhor dos exércitos”. E pior ainda, um filho mais sábio que o próprio deus, pois que com opiniões diferentes.
.
...meus dedos coçam para entrar nessa, ante tantas empulhações de OC, mas será um trabalho que não compensa. Ele mesmo, pela idiotice que já aparenta, falará tantas asneiras que se desmoralizará por si mesmo.

Abraços
C. Mouro
..e bom carnaval.....

Anônimo disse...

Rodrigo,
Eu lhe proponho um DESAFIO. Tome um só (qualquer um) dos seus questionamentos a respeito da fé ou do Cristianismo e faça uma pesquisa, escreva um livro. Por enquanto, você revela apenas o pendor típico da adolescência intelectual, que a todos assalta a certa altura da vida, de formular "questionamentos" a esmo. Não quero soar agressivo, mas isso é um pouquinho ridículo na sua idade. Mostre quem você é. Prove a você mesmo e aos seus leitores que é capaz de coisa mais profunda do que simplesmente questionar o que tanta gente já questionou. Você não demonstra maturidade no meneio dessas questões sobre fé e ateísmo. A atitude adulta exige uma certa resignação ante a profusão de problemas aliada à consciência de que se pode destrinçar um ou dois desses problemas com o devido esforço, pesquisa e perseverança. Eu cruzei contigo numa reunião do Millenium e a impressão que tive não foi a que hoje eu tenho: a de um diletante muito imaturo um pouco deslumbrado com a própria capacidade de duvidar.

PS1: eu sei que vc já escreveu dois livros. Não é pouco.

Anônimo disse...

Uma das caraterísticas marcantes do Olavo é seu destempero emocional,isto é fato e enfraquece sobremaneira seus argumentos.Todavia você,Rodrigo,tem uma
inacreditável dificuldade em reconhecer
que Religião,e Símbolos,Mitos, Psicologia,configuram "pontos cegos" na sua formação.Você não dá o braço a torcer e agora diz que o problema é o Olavo.Seja mais humilde,ponha os pés no chão,mesmo sendo isto difícil.

Weluger disse...

Olá Rodrigo,

Já lí textos do Olavo de Carvalho em que até a metade dos mesmos o "fisósofo" diz uma coisa, do meio para o final, diz outras.

Não leve em conta, melhor, não levo em conta. Somente aproveito alguma coisa quando o mesmo usa de racionalidade. É do tipo DOUTOR sabe de tudo.

Doutor ou Professor que se preza está sempre aprendendo. Não vive em Pedestal. "Filósofos" e "Cientistas Políticos" no Brasil estão sempre marcando "touca", bobeira; falando asneiras.

Gosto, e muito, do Professor Alberto Oliva.

Diviso muita lucidez em seus textos. Abrem caminhos para pensar.

Abçs.

Welington Heringer

Anônimo disse...

putz o pior é q eu nem vi motivo pra tanta briga

tanto calor e parece q não haverá luz

gosto dos artigos de politica e economia do Constantino,

agora sobre religião...foi muito informativo sobre o pessoal de Salamanca, mas o resto não dou muita moral leio somente en passant

e não é nem por discordar do Constantino, é claro q há muitos mitos nas religiões, mas cada um tem a sua e refaço a pergunta a Constantino e aos liberais q são ateus/agnósticos

Não há vida após a morte? Todas evidencias do espiritismo e demais experiencias mediunicas são força da mente ou algo assim?

Constantino acho essa briga com Olavo uma merda. Vc, o Reinaldo Azevedo, o Conde e Olavo são referencias para quem quer sair dos rosários esquerdólatras.

Acho q não podemos brigar entre nós, ou pelo menos evitar

Anônimo disse...

caraca tão te pedindo pra escrever livro sobre religião

não perca tempo com isso por favor

ps: sou católico , creio no nosso senhor Jesus Cristo , no espirito santo e na santa igreja católica, amém

Rodrigo Constantino disse...

Welington, gosto muito do Oliva também. Conheci ele num colóquio do Liberty Fund. Gente fina, super inteligente, e não é "papa-hóstia".

Augusto, não pretendo escrever livro sobre religião. Agora, não considere Conde como referência para nada. O coitado realmente tem problemas mentais. É a única conclusão que posso chegar.

Rodrigo

Anônimo disse...

Rodrigo,
Tem um negócio errado aí. Por que vc responde a um texto menor do Olavo e deixa como está o artigo em que ele, por dispor de mais espaço,argumenta de maneira mais minunciosa?

Anônimo disse...

Parabens a vcs dois, estão servindo perfeitamente à causa esquerdista. O PT está dando gargalhadas dessa discussão.

Anônimo disse...

Rodrigo,
Sou o anônimo aí em cima. Quero completar o que postei. Acho que você e o Olavo estão trocando "fogo amigo". O inimigo é outro.

Anônimo disse...

Anônimo da 5:25PM é o mesmo da 5:25 PM (o primeiro) e pensa igual ao da 5:25PM (o segundo)

Anônimo disse...

Bacana ver a direita se destruindo por dentro, já que óbviamente ambos tem, não sobre esse tópico em particular, opiniões risíveis e inconsistentes sobre a realidade.

Não sou de esquerda, nem de centro, nem de coisa nenhuma. Não tenho paciência pra ficar escolhendo algum grupo político/visão de mundo para me encaixar, antes que me chamem de "esquerdista".

O Rodrigo, entretanto, apresenta uma visão crítica ao fundamentalismo religioso que é lógica e se aplica a realidade, enquanto que Olavo de Caralho se apóia em crendices e defende, diretamente, o direito das sociedades se apoiarem em crendices e suspertições sem base lógica/empírica.

A idéia de que, de maneira geral, o cristianismo esteve sempre aberto a reavaliação de suas idéias fundamentais, sempre foi um poço de tolerância com o diferente e o novo é ridícula e só poderia vir de um desesperado emocional como Carvalho.

O fato de que ele comentou o que o Rodrigo disse, parágrafo por parágrafo, não valida em NADA as bobagens que ele disse nesses paragrafos.

Não esqueçam meus queridos: quantidade não é qualidade.

Anônimo disse...

Alguém de vocês já pensou no tamanho do desespero de descobrir que talvez não exista uma coisa chamada "causa esquerdista"?

Anônimo disse...

"expor o que está por trás de sua postura arrogante e desequilibrada: a desonestidade intelectual"

Isto traduz tudo o que OC representa. E desonestidade intelectual é de um dano tamanho, ainda mais se travestida de "filosofia"

Anônimo disse...

Rodrigo,

Cá venho eu de novo, como adito à proximidade do que o submete, contrariando o que há poucas horas me propus fazer. Mas como nestas páginas a contradição não parece ser impedimento para se deitar até mesmo o que há de pior em palavras, escolhi dissimular a vexação e não perder a oportunidade, embora sem agastamentos.

Se você já se inteirou de algumas das minhas intervenções por aqui, nem seria preciso reiterar a minha aversão aos procedimentos do Olavo. (Lamento que, assim como deve ter ocorrido a incontáveis seguidores seus, só agora isto tenha calado fundo em você, embora às vezes seja preciso conhecer os efeitos de respingos da pimenta nos próprios olhos para saber como os sentem os olhos alheios.)

Não posso, a despeito disso, deixar passar alguns aspectos de sua argumentação. Intento somente auxiliá-lo a desvencilhar-se, o quanto for possível, dos cacoetes em aparência lhe restantes da convivência mais estreita com o supradito 'eru'. Afinal, o seu artigo não reproduziu o Voltaire na íntegra e sem quaisquer observações suas, o que, imagino, em parte isentaria você de boa dose da responsabilidade de ter usado uma seleção desses textos para exprimir e dar intensidade às suas próprias concepções acerca da nocividade da religião em geral. Quando se procede assim está-se falando por intermédio da retórica do autor citado ou se a está refutando, sendo esta derradeira suposição insustentável à leitura de O Túmulo do Fanatismo.

É menos contundente a sua opinião no assunto? Por que razão, pois, não se valeu de autor mais moderado? Embora com atraso, eu sugeri Feuerbach, cuja abordagem, pelo sistematismo, por certo não daria lugar a querela assim desmandada. Sim, reconheço o ranço deixado sobre autor tão ilustre pelo mero contato que teve com alguns impostores do socialismo, os quais o elogiavam de início, para anos mais tarde o depreciarem com argumentos pífios, embora verdadeiros tiros no pé. E em parte compreendo que tal recendência seja intolerável para quem despreza a 'ambidestria' e, mais ainda, o 'sinistrismo' ideológicos.

Nesse ponto, ainda que inteiramente errado, o Olavo está certo: o 'recorte' no Voltaire é seu; você o disse com ele, por intermédio dele. Não haveria no original passagens onde a controvérsia religião-razão esteja posta em tintas menos berrantes e, por conseguinte, de maneira mais objetiva? É notório no fio do artigo: você estava mesmo querendo mostrar os 'podres' do judaísmo e do cristianismo, chocar os espíritos crédulos (haja ver a advertência na abertura!), quando sabe que por amor de sua fé um crente releva aspectos que delibera serem irrelevantes para suas doutrinas assim como por amor termina-se fazendo vistas grossas a patifarias nem sempre menos graves de entes queridos.

Por paradoxo, pensadores verdadeiramente livres, termino tendo de alertá-lo, jamais se permitiriam enclausurar onde quer que seja, ainda que na própria liberdade! Ao menos agora imagino que esteja em melhores condições para avaliar o peso da fé no contexto da consciência, qualquer uma, digo, inclusive a sua, e o resultado de pô-la em questão sem maiores cuidados. Mas já discorri sobre isso e, pelo jeito, você não concorda com o que eu disse ou ainda não teve oportunidade de o ler.

Forte abraço,

Anônimo disse...

Rodrigo

É piada OC se referindo à ignorância. Veja os scraps dele no orkut onde ele fala de outro escritor (Cristaldo) e responde aos leitores com a maior vulgaridade ("dar o c*..." e coisas do gênero). Fiquei chocada.

Anônimo disse...

Rodrigo escreveu: "Eu respondi as partes que julguei adequadas. Havia ali muito apelo à autoridade, muito desvio do foco, muitas falácias, mas poucos argumentos."

Puxa vida, Rodrigo! Simplesmente diz assim: eu mexi num assunto (Voltaire, religião, filosofia, teologia...) que não conheço por completo. Foi mal, na próxima eu me preparo melhor. Seria mais honesto da sua parte. Gosto de você, mas como economista, e não como metido a filósofo ou teólogo. Aí você parece um bobo. Com todo o respeito. Um abraço.

Anônimo disse...

Pôxa, Rodrigo. Numa boa.

Quando vc baseou seu artigo em textos do Voltaire, vc assumiu que ele é o fodão, o ó-do-bobó, a autoridade em crítica à religião.

Agora, qdo vc mesmo afirma - e aqui está o seu erro - que nem vc mesmo concorda com todas as afirmações de Voltaire, vc cai numa imensa contradição.

Afinal, se ele é autoridade para vc em crítica à religião, pq vc discorda dele em algumas partes? Afinal ele é autoridade ou não é ?

Se vc discorda dele, pq não adotou outro autor para fundamentar seu artigo ?

E se nem mesmo vc não concorda com ele, ele não é tão autoridade assim, não é ?

è só isso. Repare que numa monografia ou trabalho acadêmico tal artigo não seria aceito, já que nem vc acredita no autor em q se baseia

Anônimo disse...

Esse tal de Olavo Carvalho é mesmo uma piada. Você devia remeter esse seu post ao Jornal do Brasil, pra desmascarar essa figura patética que ele é.

Rodrigo Constantino disse...

Não deixa de ser curioso que a maioria que vem atacar sem argumentar venha no anonimato.

Conheço Voltaire, posso não compartilhar de TUDO que ele pensava, mas concordo c om MUITO, e no mais, debato IDÉIAS, não pessoas. Logo, se um bom argumento se apresenta, não importa de onde saiu. Prefiro focar NO QUE é dito, não EM QUEM disse. Acho que isso é muito complicado para "olavetes" compreenderem, tamanha a parcialidade desses, onde tudo que o "mestre" fala é verdade, e o que vem de fora é podre. São tão assim, como uma seita, que muitos que antes puxavam meu saco pelos artigos anti-esquerdistas agora passaram a me considerar um completo imbecil. É lamentável.

No mais, um pouco de Voltaire:

"Pascal já começa revoltando os leitores na sua coletânea de pensamentos informes: "Que aqueles que combatem a religião cristã", diz ele, "aprendam a conhecê-la etc." Vejo nessas palavras um partidarista que quer subjugar."

Pois é. Quantos aqui não tem feito justamente isso? Apelando para a autoridade e mandando estudar, em vez de argumentar?

Por isso a diferença entre ciência e religião. Uma parte de axiomas, verdades evidentes por si próprias, que para negá-las precisamos cair em contradição; enquanto a outra parte de dogmas, "verdades" impostas que devem ser aceitas indiscutivelmente.

Anônimo disse...

O seu maior problema é não admitir
que neste tema,que tanto suscicta discussão(você já se perguntou por quê?),você é um fraco argumentador.Sua
intenção é levantar POLÊMICA(=guerra), não discutir,e o porquê de tal postura
só no seu foro íntimo será respondido.
Mas uma coisa fica clara:sua audiência
cresce muito quando o assunto são suas
diatribes antireligiosas.Esta semana seu Ibope está nas alturas!

Anônimo disse...

Você concorda ou não concorda com o que Voltaire diz, Rodrigo Constantino? Na resenha ao livro de Voltaire, você não fez nenhuma restrição.

Este trecho é antisemita: Os judeus, de forma geral, não são poupados: “Como eles mesmos reconhecem, são um povo de ladrões que carregam para um deserto tudo o que roubaram dos egípcios”.

Isso é antisemitismo, e você citou o trecho sem fazer qualquer restrição. Seu único comentário, Rodrigo Constantino, a essa calúnia antisemita foi: os judeus não são poupados.

Esse trecho não é um ataque a religião judaíca. Voltaire não está atacando a religião judaica. Voltaire não está atacando os dogmas bárbaros da religião judaica. Que dogma religioso é atacado aí? Ele chamou um povo todo de ladrão. Chamou uma raça de ladra. Voltaire está atacando a raça judaica, e não a religião. Trechos como esses foram citados durante a ocupação nazista na França.

Hitler era tão cristão quanto era voltairiano, pelo que vejo.

Mas o grave, Rodrigo Constantino, é que você aprovou sem restrições o livro de Voltaire. Você acha mesmo que incentivar o antisemitismo é um bom remédio para o fanatismo religioso cristão? Você concorda com tudo o que disse Voltaire?

Releia o seu texto O Tumulo do Fanatismo. Se você não quis dizer que concorda com tudo o que Voltaire escreveu, inclusive com seu antisemitismo, foi essa a impressão que deu.

Anônimo disse...

Eu sugiro que reescreva a resenha ao texto de Voltaire. Sugiro que diga que Voltaire tinha razão quanto ao fanatismo religioso. Pode dizer que Voltaire tinha razão quanto aos dogmas religiosos, vá lá, se você acha mesmo isso. Mas Voltaire é também culpado pelo fanatismo antisemita, que também fez muito mal a humanidade. Não faça em relação a Voltaire o que você acusa os religiosos de fazer em relação aos dogmas das religiões: não aceite tudo o que Voltaire diz sem espírito crítico.

Anônimo disse...

Rodrigo,

Novamente e pela última vez.

Está todo mundo discutindo idéias. As IDÉIAS do Voltaire que vc corrobora.

Ora se ele tem idéias com as quais vc concorda e outras não, o que houve ? Ele é burro em algumas vezes e em outras não ? Ele não é tão sabe-tudo assim ? Por que vc concorda só com algumas idéias ? Vc é autoridade nestes assuntos das quais discorda do Voltaire? Vc é mais sabido que o Voltaire ? Então pq botou ele para referendar seu texto ?

Vc não percebe que não está defendendo uma idéia por ela ser verdadeira, mas apenas por decidir quando ele é verdadeira para vc, subjetivamente.

Isso é tão óbvio !

Vc não é mais criança para argumentar assim

Vc é vascaíno ?

Rodrigo Constantino disse...

Voltaire estava se referindo às FÁBULAS bíblicas, e afirmando que quem as leva ao pé da letra está enaltecendo um povo de ladrões. Nas outras passagens isso fica bem claro, quando ele diz que o autor de tais fábulas não faria diferente se quisesse manchar a imagem de um povo, e compara com fábulas gregas, menos terríveis contra o próprio povo.

Se duvida que não sou nada perto de anti-semita, veja:

http://www.midiasemmascara.com.br/artigo.php?sid=2033

http://www.midiasemmascara.com.br/artigo.php?sid=2010

http://rodrigoconstantino.blogspot.com/2006/09/o-dio-israel.html

http://www.rplib.com.br/artigos_detalhes.asp?cod_texto=1924

Aguinaldo Pavão disse...

Prezado Rodrigo Constantino.

Há tempo leio o seu blog e o considero muito bom. Em geral, suas opiniões vão ao encontro das minhas, outras vezes simplesmente aprendo com suas análises e, eventualmente, discordo (o que é natural). Com respeito ao senhor Olavo de Carvalho, gostaria de declarar meu total apoio a você. Eu já escrevi artigos mostrando que Olavo de Carvalho não é um liberal. Uma das razões pelas quais não o considero um liberal dizem respeito justamente ao seu apego a padrões mentais religiosos e não racionais. Você escreve de modo elegante e respeitoso e o senhor Olavo de Carvalho e seguidores são verbalmente destemperados. Lamentável. Mas, enfim, fiz esse comentário tão-somente para registrar minha posição. O senhor de fato argumenta, Olavo de Carvalho não, ou, para colocar em termos mais sóbrios, os seus argumentos são melhores do que os do senhor Olavo.
Parabéns.

AGUINALDO PAVAO
Prof. Filosofia UEL

Anônimo disse...

Esse negócio de anônimo comentar já está dando no saco. Chegou ao cúmulo de um deles ter que dizer: "Eu sou o anônimo das 5:28 PM"... Tenham paciência! Atribuam-se números, pelo menos, para que ninguém se perca nos comentários.

Outra coisa incomodativa é a quantidade de analfabetos funcionais, incapazes de ler um texto como um todo, que se atêm a frases pinçadas e as interpretam das maneiras mais escalafobéticas possíveis. Eu até gostaria de saber quantos entre os comentaristas já leram Voltaire. Será que chega a 10%? Acho que não. No entanto todos se acham no direito de dar palpites sobre o que não conhecem, além de se emprenharem pelo palavrório de Olavo de Carvalho, que, em uma crítica cheia de falsidades, contradições e meias-verdades, tenta desabonar o texto de Rodrigo que até pode não ser um primor para quem não tem as mesmas convicções, mas que, sem dúvida, resume as idéias de muitos que não usam a cabeça apenas como separador de orelhas.

Aguinaldo Pavão disse...

ERRATA: diz respeito, não "dizem". Não fui diligente na revisão, desculpem.

O Direitista disse...

Rodrigo, se vc me permite mais uma crítica:

Vc afirma que não sabia do anti-semitismo de Voltaire. Depois vc cita:

"Os judeus, de forma geral, não são poupados: “Como eles mesmos reconhecem, são um povo de ladrões que carregam para um deserto tudo o que roubaram dos egípcios”"

Vc acha que não se trata de anti-semitismo? Que isso é uma crítica aos "fanáticos" apenas? "Os judeus, de forma geral" significa "apenas os fanáticos"?

O Direitista disse...

Corrigindo, vc citou Voltaire ANTES, não DEPOIS de afirmar que não sabia de seu anti-semitismo. Escrevi errado, mas a crítica permanece, a não ser que vc admita que fez a citação sem pensar muito...

Rodrigo Constantino disse...

Direitista,

veja isso:

"Contam-nos a seguir que esse mesmo Josué mandou enforcar trinta e um reis da região, ou seja, trinta e um capitães de cidades que tinham lutado por seus lares contra esse bando de assassinos. Se o autor dessa história tivesse o propósito de tornar os judeus execráveis aos olhos das outras nações, teria agido de outra forma? O autor, para aliar a blasfêmia à pilhagem e à barbárie, ousa dizer que todas essas abominações eram cometidas em nome de Deus, por ordem expressa de Deus, e eram sacrifícios de sangue humano oferecidos a Deus."

Ora, não está mais que claro que Voltaire está falando das FÁBULAS, que ele claramente considera falsas?! Não está evidente que ele fala que SE levamos ao pé da letra essas fantasias, então estamos falando que eram ladrões e assassinos?!?!?!?!

Ele não está xingando todos os judeus de ladrões. Tampouco eu faria isso!

Rodrigo

Anônimo disse...

Meu caro Rodrigo, não entre em bate-bocas com OC se vc não pretende descer ao nível dele porque a agressividade vulgar é a arma que ele costuma utilizar contra o escreitor e não bons argumentos para refutar a idéia.

Vejo o baixíssimo nível a que ele desceu na tentativa de denegrir Janer Cristaldo, atacando-o com palavras impublicáveis em todo ambiente de respeito, o que não é o caso do orkut de OC.

Anônimo disse...

Leiam aqui um bom exemplo do nível do OC:

http://search.blogger.com/?as_q=olavo&ie=ISO-8859-1&ui=blg&bl_url=cristaldo.blogspot.com&x=25&y=0

$ disse...

Aqui uma crítica à abordagem que o Rodrigo Constantino deu ao tema, abrindo a brecha para Olavo de Carvalho se colocar como dono da verdade.

Anônimo disse...

Olavo que se cuide! Haja engov para não passar mal, pois parece que nesse carnaval a “direita liberal” liberou geral, foi tomar chope no mesmo boteco pé sujo freqüentado pela esquerda festiva carioca (baixo gávea?) e de lá foram juntos de braços dados e rebolando alegremente desfilarem suas blasfêmias no “Bloco” Sovaco de Cristo... Aquecendo os tambores para o Gala Gay?

Não duvido que essa mesma “direita” se junte com a esquerda em putarias e passeatas do Viva Rio pela paz, desarmamento, causa gay, feminismo, cotas e etc...

Sem o Cristianismo a direita é aquilo que a esquerda sempre nos acusa:
Um bando de adoradores de dinheiro!

Falando em dinheiro, quanto o PT ta pagando pela festa??? Os petralhas estão divertindo de graça? E você nem irá cobrar couvert artístico pelo show de humor patético??? Onde só as “Constantinetes” - ignorantes como são - batem palmas...

Constantino, talk to my hands...

Religião é coisa séria, não é assunto para aprendiz.

Já deu no saco, escreva sobre economia (tantos assuntos em pauta... PAC, gás boliviano, a estatização na Venezuela e etc...), pelo menos disso você entende, ou o Lulismo o idiotizou?

Olavo esta certíssimo em lhe despejar palavras “impublicáveis” hehe, também não tenho paciência com a ignorância. Cristaldo nesse ponto alem de mais elegante é muito mais inteligente, prefere ir beber vinho em Madri a ficar num suposto bate boca com chances mínimas de ter razão. Desse jeito, tomando essas atitudes tu não serás nem sombra do coco do cavalo branco de um Roberto Campos.

Acorda homem, está jogando um prestigio conquistado por anos e anos de ótimos textos na lata do lixo...

Anônimo disse...

Viu, Rodrigo ?

Até seus amiguinhos estão achando seu texto ruim.

Mas vc ainda é um rapaz educado.

Confuso, mas educado....rs

Anônimo disse...

Me desculpem a ignorância, mas quem pode me garantir que se a humanidade nao tivesse se enredado nesses dogmas e conceitos religiosos, quaisquer que sejam, os seres humanos não seriam hoje melhores do que são? Existe esta certeza?

Anônimo disse...
Este comentário foi removido por um administrador do blog.
O Direitista disse...

"Ora, não está mais que claro que Voltaire está falando das FÁBULAS, que ele claramente considera falsas?! Não está evidente que ele fala que SE levamos ao pé da letra essas fantasias, então estamos falando que eram ladrões e assassinos?!?!?!?!"

Rodrigo, a hipótese que me parece mais provável é a de que tanto vc quanto Voltaire não saibam interpretar essas passagens bíblicas, o seu contexto, motivações etc. No entanto, como eu tb sou um ignorante no assunto, não pretendo defendê-las.

Independentemente disso, acho que é evidente que os judeus se definem em função disso que vc chama de fábulas. Para eles, elas são reais e têm significado. Se vc acha que acreditar nessas "fábulas" é o mesmo que dizer que os judeus são um povo de ladrões, vc está dizendo uma de três coisas: (i) os judeus são mesmo um bando de ladrões, na hipótese das fábulas serem reais; (ii) que os judeus pensam ser um bando de ladrões (embora não sejam) e ainda acham que estão certos, o que os torna senão ladrões de fato, ao menos cúmplices morais do ato de roubar; ou que (iii) os judeus são seres completamente esquizofrênicos, porque defendem e não defendem o roubo ao mesmo tempo, o que deve ser fruto da oposição entre a razão e a religião, que enlouquece as pessoas.

Não lhe parece que estas hipóteses são todas improváveis demais? Será que não existe um explicação para essas passagens bíblicas que vc e Voltaire desconhecem?

Anônimo disse...

Vejam como são as olavetes e afins: quando se diz que o texto de Rodrigo até pode não ser um primor para quem não tem as mesmas convicções, tem sempre um estafeta de plantão para deturpar o que foi dito, no mais puro estilo do Mestre Palrador.

Coitados. Com tanta limitação de leitura não se pode exigir grande coisa mesmo.

Anônimo disse...

Pelo amor do bom Deus, seja ele quem for e aonde esteja, não acredite nesse tipo de coisa:

"Não há vida após a morte? Todas evidencias do espiritismo e demais experiencias mediunicas são força da mente ou algo assim?"

Não há absolutamente evidência alguma sobre isso que vc falou aí em cima.

Antes de se deixar enganar pela massa ignorante, procure se informar, compre livros e pesquise na Intnernet.

Leitura obrigatória pra vc amigo:

http://afiliados.submarino.com.br/books_productdetails.asp?Query=ProductPage&ProdTypeId=1&ProdId=252679&ST=CM11891

http://www.youtube.com/watch?v=bV90zKd_SaU

Por que nenhum médium psicografa em outro idioma. Não venham me falar que já fizeram isso, porque é uma simples questão de memorizar algumas frases em outras linguas. O próprio Chico Xavier, que pelo amor de Deus, foi uma pessoa maravilhosa e que merece todo o respeito, psicografou pouquíssimas coisas em inglês tosco.

Eu sei que muita gente que acredita nessas coisas com toda sua fé, vai querer me detonar, mas façam uma reflexão honesta e vejam que isso realmente não existe.

Leiam o livro sério que eu coloquei aí em cima e o dia que encontrarem um médium psicografando em diversos idiomas com uma certe perfeição, me avisem, por favor!

Anônimo disse...

O livro saiu cortado:

Por trás do véu de Isis

Marcel Souto Maior

Anônimo disse...

"(...)cruzei contigo numa reunião do Millenium e (...)"

HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA!!!

Vocês se reúnem mesmo, para falar de todas estas paradas aqui!?!?

Nooossa... eu consigo até imaginar a cena... aquele salão, as pessoas circulando enquanto tomam alguma coisa, conversando em rodas... aproveitando a notoriedade da blogosfera no mundo real, esperando para chegar a sua vez de alguém dizer, baixinho "olha, aquele cara é o fulano de tal, do blog xyztmnpq.blogspot.com", essa deve ser a parte mais gostosa dos encontros do Millenium.

E eis que chega a hora do "inícios dos trabalhos" com suas palestras sobre temas da mais fundamental importância, o feedback control da esquisitice reinante nestes blogs... eu pagaria para ir a um grupo desses ... e como deve ser recompensador ser a *sua* vez de subir num daqueles púlpitos e dar a sua letra, a sua versão de porque está tudo errado agora e certo estava justamente uns 5 ou 6 anos atrás e todo o tempo antes dele...

... estou me contorcendo de curiosidade em saber duas coisas:

1 - vocês têm uma espécie de púlpito para o palestrante nestas reuniões?


2 - alguém já rabiscou uma fórmula matemática no quadro ou a mostrou em um powerpoint? A fórmula fazia algum sentido dentro da conversa ou parecia mais uma demonstração de erudição matemática do palestrante, esta habilidade tida como mágica hoje e tão na moda?

INTERCEPTOR disse...

Traduziu e aprendeu
.
.
A síntese das dialéticas manifestações olavianas deve ter entalado:


Não se debate com a ignorância.

ou

Para o completo ignorante da História, a minha afirmação deve parecer mesmo aberrante e inaceitável. Mas até no "exemplum in contrarium" você erra feio. (...) O tom de gozação insolente em que você me responde é mera afetação de um garoto bobo que se sente intimidado e não quer dar o braço a torcer.

ou

Pare de blefar, moleque idiota. Você não leu bosta nenhuma sobre Galileu, sobre a Inquisição, sobre S. Roberto Belarmino ou assuntos similares, além do besteirol voltaireano.

ou

De novo aí vai o garoto tirando conclusões históricas com base no sentido dicionarizado das palavras. (...)

ou

Estupidez. (...) Não dá para discutir com o ignorante completo. (,,,)

ou

Quanto mais você fala, mais prova sua completa ignorância do assunto. (...)

ou

Lista1) O Rodrigo não lê só a Superinteressante. Lê também a Wikipedia.2) Ele não chega a perceber que sua lista de ateístas é uma lista dos maiores embusteiros de todos os tempos, porque nada sabe deles além do que leu na Wikipedia.3) Se esse moleque quer mesmo discutir, e até promete me ensinar como fazê-lo, sugiro um debate em forma, com todos os preceitos da regra dialética, que ele deve conhecer, suponho, melhor do que eu. Será bom para mostrar aos demais que tipo de lixo falante é esse pirralho desprezível.

ou

Uma observação quanto à sua lista: somar nomes de partidários ilustres é exatamente aquilo que se conhece como "argumentum auctoritatis", que Sto. Tomás classificava como o mais fraco dos argumentos. Constantino não sabe nem isso, e usa desse argumento como se fosse o suprassumo da racionalidade. É esse o merda que quer me ensinar a debater? Ademais, a autoridade dos nomes citados é mínima, para quem os conhece, o que não é o caso desse palhaço que, em desespero, sai ciscando arremedos de argumentos na Wikipedia. É patético.

ou

1. Só mesmo um analfabeto convicto pode confundir a regra do debate com a polidez afetada de um pequeno-burguês. Minha regra de polidez é mandar esse tipo de interlocutor à merda.2. Em matéria de polidez, o sujeito que desrespeita Jesus Cristo e exige ser respeitado só pode mesmo ser um megalômano psicótico ou um moleque ingênuo que não tem o menor senso das proporções.3. Você quer mesmo que eu examine o seu artigo sentença por sentença? Você é masoquista?

ou

Um moleque idiota que vem me encher o saco não é nem poderia ser objeto do meu ódio. Ao imaginar-se assim, ele apenas infla a importância que imagina ter a meus olhos. Não odeio uma casca de banana quando escorrego nela, nem um bostinha metido a intelectual quando o mando de volta para a escolinha maternal. Ódio é outra coisa. Mas será que até isso vou ter de ensinar a esse fedelho?

E por aí vai...

Mas, do que se depreende as seguintes assertivas?

Em Como vencer um debate sem precisar ter razão, de Schopenhauer, traduzido por OC[1]:

Do 8º estratagema dialético, à página 140, Olavo de Carvalho tem se notabilizado como expert:


Provoca-se a cólera do adversário, para que, em sua fúria, ele não seja capaz de raciocinar corretamente e perceber sua própria vantagem. Podemos incitar sua cólera fazendo-lhe algo francamente injusto, vexando-o e, sobretudo, tratando-o com insolência.





[1] Schopenhauer, Arthur, 1788-1860. Como vencer um debate sem precisar ter razão: em 38 estratagemas: (dialética erística)/ Arthur Schopenhauer; introdução, notas e comentários por Olavo de Carvalho; tradução de Daniela Caldas e Olavo de Carvalho. – Rio de Janeiro: Topbooks, 1997. 258p.

.

Marco disse...

Caro Rodrigo,

Por mais que eu o admire, e eu o admiro, não posso esconder minha opinião sobre a peleja entre você e Olavo: Ele levou a melhor, o que não significa nenhum demérito para você.

(evidente que não posso argumentar sobre a minha opinião. Não estou no mesmo nível de vocês dois.)

Um abraço.

Anônimo disse...

Caro Rodrigo

Admiro seus textos econômicos, sempre pertinentes.

Tive conhecimento de sua pessoa e seus textos através da MSM, obra de Olavo de Carvalho e outros.

Aposto que você está errado, mais por admirá-lo do que por outro fato qualquer.

Não fomente nenhum sentimento ruim, pois se você refletir um pouco, verá que estais errado.

Grande abraço

Não é uma questão de amor próprio e uma questão de coerência

Anônimo disse...

Rodrigo,

Ignore o Olavo. Ele -- apesar de excelente polemista -- é apenas uma daquelas pessoas que tem medo da morte e precisa criar um universo mágico onde, tal e qual Papai Noel, Deus verifica se fomos "bonzinhos" e nos premia com a "vida eterna."

É impossível debater racionalmente com essas pessoas, porque para elas a existência de Deus é uma premissa -- e eles não admitem questionar suas premissas.

E é claro que, quando confrontados com argumentos consistentes, eles partem para as ofensas pessoais (campo que o Olavo elevou à quase que uma forma de arte, justiça seja feita) -- alegando que o adversário está "desrespeitando" Deus.

Eu imagino (apesar de não acreditar) a seguinte cena: Olavo chegando aos céus, todo pimpão, crente que vai entrar direto.

Deus, reparando que é o Olavo, diz: "Peraí. Você não é aquele cara que foi astrólogo? Que sempre terminava os debates mandando o outro tomar no c*, ou chamando de ignorante? Não se lembrava do 'amai-vos uns aos outros?'"

E o Olavo: "Mas Senhor, eu o fazia em Seu nome! Eu apenas ofendi os impuros e hereges!"

E Deus: "Muito obrigado, mas eu ACHO que sei me defender sozinho. E pelas minhas contas você precisa passar um tempinho lá embaixo..."

E o inferno do Olavo seria debater, por toda a eternidade, com o Emir Sader sobre o "socialismo bolivariano" do Chavez!

Anônimo disse...

rodrigo,

nao perca tempo com o olavo.

vc nao eh intelectualmente capaz para enfrenta-lo

Anônimo disse...

Questão de essência

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.
Anselmo Heidrich

Em Disfarçando o mico, Olavo de Carvalho se esmera no sofisma.


Não faz nenhum sentido rotular de intolerante uma doutrina que ao longo de mil anos se dissemina na base da caridade, da persuasão pacífica e do debate franco, só recorrendo à violência sistemática depois de atacada durante três séculos por um agressor estrangeiro (o Islam), e de tolerantes aquelas que, mal acabam de sugir como hipóteses científicas ou filosóficas, já se consolidam imediatamente como esquemas de poder, polícias do pensamento e mecanismos estatais de repressão e assassinato dos discordantes.


As religiões são culturas que pregam tanto a paz quanto a violência. Não são tão diretas e objetivas quanto ideologias comuns, i.e., leigas. Neste sentido preciso, são fenômenos sociais complexos. O que Carvalho manipula a informação para conduzir o julgamento alheio. Dizer que a violência perpetrada pela igreja foi simplesmente uma decorrência da pressão (competitiva) islâmica não é nem meia verdade, talvez apenas 1/8... Chamar a Igreja Católica Apostólica Romana (ICAR) de "pacifista" só mesmo posando como um desonesto no pedestal. A ICAR não só perseguiu os chamados hereges, judeus como institucionalizou o terror com métodos refinados de tortura.


Toda doutrina pode degenerar em dogmatismo incompreensivo, em ânsia de poder, em perseguições e genocídios. Mas a rapidez ou lentidão com que uma crença se exterioriza em violência e perseguições diz muito quanto à sua natureza intrínseca, à sua honestidade ou torpeza de propósitos, à sua elevação ou baixeza moral. O tempo decorrido informa-nos se a transfiguração em violência é o resultado de uma longa degenerescência, da progressiva diluição de uma essência nobre originária, ou se, ao contrário, é a exteriorização imediata da essência mesma, mal camuflada sob uma capa de belas palavras. Do surgimento do cristianismo à primeira Cruzada, transcorreram 1095 anos; à fundação da Santa Inquisição, 1232. O iluminismo não tinha quatro décadas de existência quando se transfigurou na sangueira da Revolução francesa, superando em poucos meses os feitos de quatro séculos da Inquisição.


"Natureza intrínseca", "essência" são palavras cujos pressupostos não assumidos explicitamente nos conduzem a crer em "algo maior", determinante e conformador. Ora, se algo é lento em matar não o torna menos assassino ou genocida. Se assim o for, somos levados a crer neste raciocínio relativista moral que um menor de idade que mata é mesmo inocente, além de ininputável como na lei brasileira. Se a Revolução Francesa matou mais é por que dispunha de métodos mais eficazes e assim também na Guerra do Vietnã, com participação americana, ou na invasão soviética no Afeganistão. É muito, mas muito fácil mesmo derrubar os argumentos olavianos com sua própria "lógica". Se o "iluminismo" superou a mortandade da inquisição, isto foi por inaugurar uma nova aurora genocida ou por que aprendeu com métodos corriqueiros instituídos por estados nacionais aliados com o poder atemporal? Analogamente, comunistas chineses mataram como matavam os nacionalistas de Kaishek, como os japoneses na Manchúria etc. E o argumento que mataram mais não é o foco. Apenas, mataram em nome da nova fé. Era, simplesmente, a moeda corrente das relações entre forças políticas estabelecidas e não fazê-lo trazia desvantagem no xadrêz desses movimentos.
Se Carvalho quer criar um amálgama entre ideologia e fato social, deve por extensão, fazê-lo igualmente entre religião e tortura. Se a religião matava menos, que seja, o fazia com refinado estilo. Claro, com o pesar dos inquisidores também... A incoerência neste caso seria se não rezassem pelas almas dos sacrificados.


O materialismo científico e o positivismo de Comte eram recém-nascidos quando inspiraram o morticínio de padres e freiras na revolução mexicana e uma onda interminável de golpes e ditaduras na América Latina em geral. O marxismo tinha pouco mais de meio século quando inaugurou em 1917 o maior genocídio de todos os tempos, subindo ao auge na quarta década do século XX. O evolucionismo era ainda uma hipótese em germe quando se consolidou como ideologia racista, não por obra de discípulos longínquos nem de intérpretes leigos, mas sim dos mais próximos colaboradores de Darwin, Ernest Haeckel e Thomas Huxley.


"Materialismo" não significa uma busca pela "matéria", no caso o vil dinheiro e sim, pautar-se em fatos históricos e não em idéias. Se alguns, como Marx, idealizavam o que era esta "matéria" em um par dialético entre tecnologia e propriedade, isto por si só, não induzia a crime algum. Nem que todo "materialismo" seja marxista. O que justificava tais crimes era a "solução final" para seu conflito latente. Há marxistas que o são em termos metodológicos, sem terem a mesma teleologia do próprio Marx por considerarem o mesmo como defasado. O positivismo comteano no Brasil não teve o mesmo saldo negativo em mortes que no México. E daí? Daí que atribuir a uma ideologia uma prática conseqüente do governo numa dada conjuntura é de um mecanicismo analítico gritante... e burro, para dizer o mínimo. Que fosse outra sua base ideológica no México, a religião ou um nacionalismo estatizante. Por acaso, os atores políticos em questão teriam agido, substancialmente, de modo diferente?

Chamar o evolucionismo e Darwin de racistas só pode advir de uma incompreensão (proposital?) da terminologia corriqueira da época e que até os dias atuais troca "espécie" por "raça". Daí, quando Darwin compara espécies entre si, definindo algumas como superiores/dominantes na cadeia alimentar, o impulso de transplantar para a sociedade é grande. Tão grande que o próprio Marx chegou a lhe dedicar um dos volumes do capital, o que foi sumariamente recusado pelo autor de A Origem das Espécies. Mais tarde, provavelmente como decorrência disto, Marx critica a justificativa da competição social liberal que Darwin faz com analogia ao reino da natureza. Ele não poderia endossar quem apologizava o liberalismo na própria natureza... Isto, o sofista Carvalho não sabe ou finge que nunca leu? E quando alguns clérigos apoiando o colonialismo europeu justificavam o domínio pela ausência de alma dos nativos, se não era racismo era o quê? "Especismo"? Já posso esperar Carvalho argumentando que isto não provinha da própria ICAR... Ora, o que fazia a igreja ou boa parte de seus membros tinha que ter correlato nas escrituras? Elas próprias continham subjetividades que poderiam ser absorvidas e exploradas pelos poderes seculares: o povo escolhido que herdará a terra prometida seria uma tentação (ôps!) e tanto.


Que sentido tem, diante de fatos tão evidentes, inverter tudo e chamar de intolerantes aqueles que só começaram a matar quando se afastaram muito das suas origens, e de tolerantes aqueles que, mal acabam de enunciar uma idéia, já saem oprimindo, prendendo, matando e torturando em nome dela?


"Evidências" não fazem parte da Ciência, como bem nos ensinou Popper, mas sim a refutabilidade contínua. Coisa que Carvalho com certeza foge mais que o diabo da cruz (ôps! Pedoem-me a recaída). "Só começaram a matar quando se afastaram muito de suas origens"... "Origens" em que ainda eram fracos, por suposto. Se toda estrutura de poder tem uma essência, como poderia dizer Carvalho, não estaria aí revelada a essência assassina da ICAR?



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"Enviou tantas mensagens para todos os lados (inclusive para a minha página pessoal no Orkut), que acabou ganhando dos orkutianos o apelido de Spamtantino."


Sim e não é de hoje. O apelido foi lhe atribuído pelos membros da comunidade "Olavo de Carvalho nos odeia". Só o que falta agora é o filósofo ir procurar apoio em seus "inimigos" contra o verdadeiro inimigo de ambos, a Liberdade de Expressão.

Inimigos que se odiavam, mas se afinam hoje por uma questão de essência.


.

Anônimo disse...

Rodrigo, acho que sou o seu mais novo admirador. Visito seu blog todos os dias. Cheguei até criar um blog pra mim, onde procuro fazer algumas discussões referentes a minha realidade.
Sobre Voltaire, quando ele fala em religião, em suas cartas Inglesas, fica claro seu posicionamento, porém ele defende a existência. Segundo Voltaire, se houvesse uma religião somente, seria um caos, como havia sido a dominação católica na idade-média. Se houvesse duas, seria pior, pois haveria guerras constantes para ver quem dominava quem. Agora como na época em que escreveu já existiam várias, todas viviam numa boa. Cada um cuidando da sua religião. Voltaire via algo de muito positivo nisso.
abraços!!! Se puder visite meu blog www.klebermen.wordpress.com

Marcelo disse...

Olá, Rodrigo.

Ora, sobre a Bíblia é fato que uma mula falou, que o sol parou, que Adão e Eva existiram... é fato que Maria era virgem quando Jesus nasceu, a Bíblia diz isso. É fato a multiplicação de pães, e é fato que um anjo de Deus chama de "impossível" o nascimento virginal, mas diz o anjo que para Deus não há impossíveis.

Creia, Rodrigo. Creia. Você alcançará a verdadeira alegria ao crer. Você descobrirá porque sente saudades de alguém, sem saber quem é, alguém a quem nunca viu. Sim, senhor. Você sente saudades de Deus. Um dia você o conheceu, mas você o deixou. Creia.

Marcelo Hagah
João Pessoa-PB

Anônimo disse...

Nunca vi uma reunião de tantas banalidades intelectuais como seus artigos.Em quanto pseudo-intelectuais como você existirem, desses que só conseguem impressionar idiotas em mesa de boteco, ignorando que o conhecimento está no fato de se buscar a verdade de forma real e não emocional, teremos que aguentar nulidades como você.Tenho muita pena de coitados do seu tipo...

Anônimo disse...

Verifiquei que em alguns debates está aparecendo, constante, a afirmação de que Hitler era cristão.
Mais que isso, um cristão fanático.

Chegam a essa dedução por diversos motivos, entre os quais que: (1) Hitler era batizado católico; (2) que, no Mein Kampf, intitulou-se “Servo do Senhor” por estar a combate contra os judeus; (3) por ter tido apoio ostensivo do clero e juventudes católicas, dentro e fora da Alemanha; (4) porque o Mein Kampf não foi colocado no index e a Igreja não ter condenado o holocausto na época que este aconteceu.

A primeira colocação é insuficiente.
Muitos ateus militantes foram batizados cristãos, até mesmo o próprio Marx. Alguns biógrafos garantem que pelo menos dois presidentes do Brasil, apesar de batizados e se declararem católicos, eram agnósticos confessos: Floriano Peixoto e Getúlio Vargas.

A segunda colocação é imprópria.
Durante toda a vida Hitler se declarou cristão e utilizou largamente o anti-semitismo religioso para sua pregação homicida contra os judeus. Mas nem por isso era um seguidor do cristianismo.
Não apenas Hitler, como toda a cúpula nazista era composta por neo-pagãos germanistas, especialmente Himmler (o organizador do Holocausto) e Goering. Himmler chegou a conceber o período da caça às bruxas no século XVI como um genocídio da Igreja contra a nacionalidade alemã e ele mesmo acreditava que as jovens alemãs eram reencarnações de bruxas assassinadas, querendo vingança contra o cristianismo.

A terceira colocação é inaceitável.
O fato de católicos apoiarem Hitler, não torna Hitler um católico.
Hitler também teve apoio formal de igrejas luteranas e não poderia ser, ao mesmo tempo, católico e protestante. Ademais, essas igrejas romperam formalmente com Hitler ainda em 1939, quando se opuseram à eliminação de deficientes e doentes mentais, conseguindo reverter aquele morticínio.
O bloco de católicos conservadores (Hungria, Eslováquia, Lituânia, Espanha) de fato simpatizou com Hitler, mas apenas enquanto força que atacaria um mal maior, o bolchevismo. Tanto que a assinatura do pacto com Stalin decepcionou de tal forma os católicos conservadores que esses concordaram em enviar tropas apenas contra a União Soviética, mas nunca contra a França ou a Grã-Bretanha.

A quarta colocação é incompleta.
Em 1942, devido aos constantes choques com padres e pastores (apesar da falta de uma condenação mais incisiva ao nazismo), a cúpula do NSDAP aprovou um documento secreto incluindo o cristianismo entre as ideologias anti-nazistas.
Há pelo menos dois santos católicos que foram martirizados por terem protegido condenados judeus.
Dentro da nação alemã (que garanto, estava maciçamente com Hitler até abril de 1945), as únicas oposições consideráveis ao nazismo vinham dos monarquistas e das igrejas.

Anônimo disse...

Seria cômico se não fosse bastante incomodo, ver dois seres pensantes ficarem lado a lado girando em movimentos circulares tentando um morder o rabo do outro. Tenho acompanhado já a algum tempo o pensamento dos dois, que em muitos aspectos se alinham, ate chegar a este momento incomum, diria ate, a este buraco onde muitos de nós admiradores estamos também atolados. Esta claro que a coisa é em defesa do intelecto próprio, pois as argumentações, já históricas, se anulam deixando apenas opiniões provocantes que na maioria das vezes servem apenas como instrumento de agressão e humilhação intelectual. Os dois estão brigando em cima de um comum “telhado de vidro”, radicalizando como se cada um estivesse em punho o todo saber humano, a consciência suprema revelada, que é claro, não existe, e se existe é tão fragmentada que não pode ser contemplada em um simples relance, como fingem os dois contemplar, mais especificamente o Sr. Constantino.

Todos nos esperamos que essa embreaguez “ego-mastigatoria” seja passageira, e que não testemunhemos textos de tanta nudez intelectual aberrativa - que mostra aquilo que sempre tenta esconder.

Cláudio Pessoa.
teksoft@gmail.com

Anônimo disse...

Caros senhores:

A respeito da citação "Sim, senhor. Você sente saudades de Deus." a mesma já foi decodificada racionalmente por mim como sendo saudade do pai.

Numa certa época da vida nosso super-ego não consegue mais distinguir o certo do errado dado às mudanças repentinas que ocorreram nos usos e costumes da sociedade ou então porque mudamos de meio social.

Isso gera em nós uma saudade do tempo em que éramos felizes e não sabíamos pois tínhamos todas as respostas para as nossas vidas, oriundas da moral paterna que sempre tinha uma resposta para tudo.

Muitos, não reconhecendo esse processo como sendo natural e não conseguindo dar uma racionalização adequada, buscam na figura de um pai imaginário aceito por todos como real, para lhes guiarem e conduzirem pela vida afora que os assombra e assusta.

O que realmente nos ofende nessa gente é o fato de eles saberem que nós também sentimos isso e, na confiança de que nossa inteligência solucinará tal dilema, evitamos pegar os atalhos religiosos que muitos pegam.

Eles não compreendem que essa saudade do pai pode ser resolvida através de outros métodos que não os religiosos.

A minha saudade do pai eu resolvi através da psicanálise e confesso que foi bastante dolorosa para mim.

Cheguei a sonhar, certa tarde, que meu pai tinha viajado para Portugal e as emoções de perda, de desespero, de tristeza e de infelicidade, faziam-me procurar desesperadamente por um reencontro no sonho.

Assim que acordei do sonho minha razão imediatamente compreendeu o significado do sonho pois o pai internalizado tinha sido desmontado e as emoções sentidas no sonho refletiam em meu físico muitas das emoções que que a figura do pai ocultava de minha percepção.

Nosso sub-consciente é pródigo em criar uma lógica própria. É difícil se libertar do pai internalizado porque muito de nossa sensação de segurança e bem-estar na vida está associado com a sua presença constante em nossa infância.

Por isso que muita gente procura na religião uma direção paterna para sua vida.

Portanto, caros senhores, não critiquem aquilo que vocês ainda não conhecem pois é a própria fraqueza humana que nos obriga a mantermos esse tipo de instituição na sociedade.

Não temos outro recurso para prover a psicologia dessa gente, portanto, é melhor que eles, dependendo do grau de carência paterna que nutrem, procurem uma igreja do que um chefe do narco-tráfico ou de alguma máfia.

Abraços.

Everardo disse...

Esse Olavo de Carvalho deve estar morrendo de rir ao ver a picaretagem dele causar debate...E tem gente que acredita que alguma coisa do que escreve sai do seu cérebro. Na verdade, são fragmentos descontextualizados de obras clássicas as mais diversas que o "filósofo" emenda como colcha de retalhos e assina como se fossem suas. Em um texto, ele começa defendendo o que à frente ataca, para justificar o ataque ao que antes defendera. Discorre acerca do que não entendeu e contesta afirmações que imagina alguém fez, citando fontes que ninguém encontra. Acredita que confusão mental e polêmica são a amesma coisa e oscila entre a agressão e a adulação. Megalomaníaco, rebusca um vocabulário emprestado para parecer eclético, mas que ao final não diz absolutamente nada. Vazio e raso, é o vaso.
Ataca pensadores consagrados pela história, para sentir-se no nível daqueles. Sobre transcrições literais de textos alheios acrescenta advérbios e conjunções para mudar o sentido afirmativo e defender o negativo, como se fosse um argumento de sua autoria. Esse é o picareta.

HITLER, AGORA OU DEPOIS disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse...

Olavette usa de todas as falácias conhecidas e imagináveis como se fossem argumentos de verdade. Critica todo mundo que não o louva, é o típico "moleque velho", com um tremendo complexo de inferioridade, por mais livros que ele leia ou finja que leu, por mais que ele vomite a simples repetição do que outros falaram, parecendo um papagaio que ficou na frente da tv assistindo somente a Fox News, no fundo esse farsante sabe muito bem o que de fato é, Olavette sabe que ele é um ninguém, um completo irrelevante para a filosofia e na política.

No fundo ele faz muito mais mal a direita do que a esquerda, mais afasta as pessoas de qualquer posicionamento racional do que qualquer outra coisa, seguindo o exemplo de Guénon, que ele tanto gosta, além de débil o sujeito é extremamente prepotente chegando ao cúmulo de querer dizer o que o papa deve fazer e ainda ficar "nervosinha" porque o papa faz diferente, não obstante ainda se diz um seguidor da "tradição", só se for a tradição dos bufões que pensam ser muito mais do que de fato são.
Olavette tenta de todas as formas espalhar o vírus da burrice pela direita brasileira.