quarta-feira, maio 16, 2012

Democracy and the Euro

Editorial do WSJ

One way to look at this week's events in Greece is as George Papandreou's revenge. As Prime Minister last November, he proposed that Greeks vote on whether they could live with the conditions the EU and IMF were imposing in return for a bailout. The idea sent markets into a tizzy, Mr. Papandreou lost his job, and the referendum never occurred.

But Greek voters are having their say anyway. On Tuesday Greek President Karolos Papoulias called a new election for next month, after no party could put together a majority following this month's splintered election.

The far-left Syriza coalition, which finished second in the voting, is rejecting the bailout terms and demanding an end to fiscal restraint and economic reform. Presumably the Greeks will now have a no-holds-barred debate about the consequences of their policy choices, including possible ouster from the euro zone.

The rest of Europe may find this inconvenient, but this strikes us as progress and in any event was inevitable. That was the wisdom behind Mr. Papandreou's stillborn idea. Like every other country in the EU, Greece is still a democracy. Greek voters reserve the right to say no to Brussels, or even to elect those willing to abrogate agreements made in their names by former governments.

For decades, the European conceit has been that voters would gladly cede their national right to democratic accountability in return for Continental peace and prosperity. This worked as long as there was prosperity. But now that pan-European governance includes painful policy choices imposed from afar, the national publics want their franchise to mean something.

Angela Merkel may want to enshrine fiscal rectitude for all time in a fiscal pact. The German Chancellor may even be right as a policy matter to want to do that given that her taxpayers will otherwise have to pay. But the fatal flaw in her vision is that she can't control the course of democratic events outside Germany's borders. All the more so when she has become arguably the main issue in Greek politics, complete with demagogic posters of her in Nazi garb.

In a sense the Greeks are using their elections as a way to renegotiate the terms of their most recent €130 billion bailout by the rest of Europe. They assume that if they refuse to go along, the Germans and the European Central Bank will give in and ease the terms of fiscal retrenchment and reform.

The belief, at least on the Greek left, is that the country will be able both to stay in the euro and keep its generous welfare state, albeit with some mild adjustment. Syriza leader Alexis Tsipras is even proposing to hire 100,000 more public employees.

European leaders will be doing everyone a favor if they make clear that there is no such easy way out. If Greeks want to continue being rescued by the rest of Europe, they must meet European terms. If Greeks can't manage that, then Athens will get no more bailout cash and will have to find the money to pay its own bills.

And if Athens fails to do so, then default and ouster from the euro zone are likely, with all of the predictably terrible consequences for Greek living standards following the return of the drachma and devaluation. Instead of staying as part of modern Europe, Greece will slide toward a Third World future.

European leaders need to deliver this message not as a threat, but as the reality of what Greeks are risking if they reject reform. At least this is a choice Greeks will be making for themselves. The lesson will not be lost on voters elsewhere in the euro zone.

Europe's leaders can't repeal democracy on the Continent, and therefore they can't ask countries in the euro zone for more than their politicians can deliver or their populations can take. This means admitting that the bailout model that Europe adopted for Greece two years ago has failed and is increasing political polarization across Europe, and not only in Greece.

The euro zone was conceived as a currency union among countries adhering to certain basic fiscal rules. Had it stuck to that vision in this crisis—rather than turn it into a fiscal or debt union—and let Greece face the consequences of its economic mismanagement from the beginning, Greece might have defaulted and stayed within the euro.

Now so much damage has been done that it's hard to see such an outcome. Trying to turn the euro into a larger political union has put the entire euro zone in jeopardy.

6 comentários:

Anônimo disse...

http://blogs.estadao.com.br/radar-economico/2012/05/16/alemanha-e-o-pais-mais-beneficiado-pelo-euro-no-comercio-exterior/

Parece que a estória da cigarra e das formigas não é exatamente aplicável.

Em 1998, quando os alemães ainda usavam o marco, seu superávit comercial junto às nações que mais tarde adotariam o euro era de apenas US$ 29 bilhões. Em 2008, já com a divisa comum, o saldo atingiu US$ 177 bilhões, número sete vezes maior. O valor caiu a partir de 2009 por causa da crise originada nos Estados Unidos, mas ainda assim permaneceu bem acima do nível verificado nos tempos do marco

Não por mera coincidência, a escalada das exportações alemãs ocorreu principalmente em cima de países que mais tarde se tornaram o foco da crise europeia. De 1998 a 2008, o superávit comercial da Alemanha com a Espanha aumentou 11 vezes; com a Itália, 8,6 vezes; com Portugal, 7 vezes; com a Grécia, 3,5.

Somente em cima da Espanha, a Alemanha ganhou US$ 270 bilhões no comércio de bens de 1999 a 2010

Não é à toa, portanto, que a Alemanha não defendeu, até agora, a saída de nenhum país da zona do euro. Isso só ocorrerá se a situação ficar insustentável, ou seja, se o país achar que o que ele ganha no comércio exterior não compensa o que perde no caso de ser contaminado por uma crise financeira originada nos seus vizinhos.

Os dados mostram por que a austeridade fiscal, sozinha, não salva nenhum país da crise do euro. A Espanha, por exemplo, mantinha suas contas públicas em ordem desde a criação da moeda europeia. Na verdade, a partir de 2002 tornou-se mais prudente até do que a Alemanha. Foi somente em 2008, após a crise dos Estados Unidos, que a Espanha descambou.

conclusao

Para usar a moeda europeia, não basta fazer a lição de casa da austeridade fiscal. É preciso estar preparado para enfrentar a competitiva indústria alemã.

A formiga tem seus méritos mas tem tbém de reconhecer que a cigarra não fica só a cantar. As coisas não são tão simples como na fábula daquele grego Esopo.

Anônimo disse...

O proteccionismo que reclama-se no Brasil é quase o mesmo que acontece cá na Europa.

Os países líderes de alguns mercados são favorecidos e alguns países que, antes, tinham uma proveitosa situação em alguns nichos de mercado (como Portugal com a agricultura, só para citar), passaram a viver de subsídios. Aliados a isso estão os gastos estúpidos e exacerbados, com o propósito de aumento do nível de vida, nesses países, como Portugal e Grécia, sem contar os desvios de dinheiro público.

As cigarras estão a pagar o descontrolo de seus gastos, sim. Não há-de se negar. Entretanto, tem-se o fardo dos subsídios como obstrução das antigas exportações. Uma esperta covardia dos defensores do proteccionismo.

samuel disse...

É constrangedor dialogar com Anonymous (5:31 PM). Espero que não seja Robô. No mérito: É óbvio que a intenção da União Européia era aumentar o faturamento dos países membros. A União foi feita nessa assunção individual de cada um dos membros. Os alemães trabalham 45 horas por semana e continuaram comendo kartoffel e os coitadinhos dos PIIGS + F fizeram o que? La buena vida. Investimentos malos. Meu sobrinho, nascido em Genebra, Suíça, casou com uma Asturiana e vive em Gijón, Espanha. A Espanha investiu em construção civil. Espanha se tornou um grande canteiro de obras. Exportou capital, compraram bancos e petroleiras no exterior... Qual investimento foi feito em território espanhol que tivesse como objetivo diversificar a produção e aumentar a produtividade do país?
Fazendo uma analogia, o que a Espanha fez foi fazer investimentos sem retorno para o aumento PERMANENTE do PIB: programas MINHA CASA, MINHA VIDA, TREM BALA, COPA DO MUNDO, etc... e vão ficar num beco sem saída. Bom há sempre um consolo: O CULPADO SÃO OS ALEMÃES!

Anônimo disse...

Samuel não fique constrangido! Não se acanhe. Não sou robô (nem cigarra!). Não se está culpando os alemães, seu mérito deve ser reconhecido, como foi escrito. Mas vc mesmo escreve e admite q as cigarras não ficaram só cantarolando, acabaram por jogar umas folhazinhas ajudando as formigas na sua tarefa esta sim super hiper reconhecida e louvada por pessoas como vc.

Anônimo disse...

Rodrigo, gostaria que você comentasse o artigo de Vladimir Safatle na Folha desta semana. Ele propôs uma lei que limite a propriedade sobre imóveis a duas unidades por pessoa, como meio de frear a "especulação imobiliária" que teria elevado os preços a níveis exorbitantes nas grandes cidades.

samuel disse...

Comento com o fim de ilustrar a saga da homenageada. Eu estava no Chile quando a homenageada, brasileira nascida em Portugal, era ministra da fazenda do presidente Allende.
Para entrar no país, no aeroporto, tive que trocar meus dólares por escudos chilenos. $40 escudos por dólar, mínimo 40 dólares por pessoa. Eu e meus quatro sobrinhos perfizemos 200 dólares ou 8.000 escudos. Acomodamos-nos no Carrera Sheraton hotel, em frente ao palácio de La Moneda, de onde Allende e Conceição Santa Maria, ela na área financeira, administravam o país.
Era noite de natal. Perto havia um restaurante com Show para o natal. Aboletamos-nos lá para a noitada que aliás, foi curta. Com aqueles 200 dólares pudemos pedir UM FRANGO ASSADO. Apressamo-nos para voltar ao hotel, com fome, e nos preparamos para deixar o país no dia seguinte.
Mas, surprise! A noite fomos procurados pelo “capitán de botones” oferecendo um “money change” melhor que o oficial: 250 escudos por dólares. Não fiz a troca. No dia seguinte, percorri Santiago a procura de cambio e fui parar numa fábrica, onde o proprietário estava encerrando atividades e saindo do país, assim como a maioria de outros. Fiz o cambio por 400 escudos por dólar.
Conceição Santa Maria agora homenageada pela Dilma, com sua ideologia, fez do Chile um país economicamente impossível de se sustentar. Veio o Golpe militar. Não houve alternativa.
Quantos países esses esquerdistas precisam naufragar para que eles caiam na real?