quinta-feira, agosto 30, 2012

Há esperança!


Rodrigo Constantino, para o Instituto Liberal

“Quebrou-se a certeza da impunidade”. Assim Miriam Leitão começou sua coluna de hoje, resumindo bem o principal efeito da condenação histórica pelo STF do petista João Paulo Cunha. Não se trata de qualquer um, e sim do ex-presidente da Câmara, político influente no PT, bastante próximo de Lula. A ousadia e a certeza da impunidade eram tão fortes que o réu, agora condenado em última instância, teve a cara-de-pau de se candidatar para a prefeitura de Osasco durante o julgamento.

É verdade que ainda faltam muitas coisas. A população quer ver Cunha preso. Ainda resta saber como o “chefe de quadrilha” José Dirceu será julgado. E, acima de tudo, há um réu ausente, como lembra em sua coluna de hoje Demétrio Magnoli. O sociólogo concluiu assim o artigo: “Mas o procurador-geral escolheu traçar um círculo de ferro em torno de um homem que, coberto de motivos para isso, acredita-se inimputável. A opção da acusação, derivada de uma perversa razão política, assombrará o país por um longo tempo”.

Não dá para discordar. O ex-presidente Lula causou estragos que o país vai sentir por muitos anos ainda. Sua blindagem no maior escândalo de corrupção da história deste país representa um tiro de canhão na Justiça. Tudo isso é fato. Ainda assim, não devemos desprezar os avanços. Mesmo com quase todos os ministros do STF apontados pelo PT, sendo dois deles claramente parciais no julgamento, o mensalão está comprovado, apesar da negação insistente de Lula. E um petista graúdo foi considerado culpado de corrupção e poderá ser preso. São ventos alvissareiros de mudança. Há esperança!


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